De acordo com o especialista Rodrigo Balassiano, a crescente preocupação com as mudanças climáticas têm impulsionado o desenvolvimento de mecanismos financeiros que conciliam rentabilidade e responsabilidade ambiental. Nesse cenário, fundos estruturados e o mercado de carbono surgem como uma combinação estratégica para investidores que buscam retorno financeiro aliado a impactos positivos. A estrutura flexível desses fundos permite a alocação de recursos em projetos voltados à redução de emissões, enquanto o mercado de carbono oferece um ambiente promissor para a negociação de créditos e ativos ambientais.
Explore como seus investimentos podem gerar impacto real no planeta e no seu portfólio. Descubra agora por que fundos estruturados e o mercado de carbono estão no radar dos investidores que enxergam o futuro com responsabilidade e visão estratégica.
Como fundos estruturados e o mercado de carbono se complementam?
A expressão fundos estruturados e o mercado de carbono representa a interseção entre inovação financeira e sustentabilidade ambiental. Fundos estruturados, como FIDCs e FIPs, oferecem um arcabouço flexível para captar e direcionar recursos a projetos de geração ou compensação de créditos de carbono. Esses fundos podem ser usados para financiar reflorestamento, energia renovável, agricultura de baixo carbono e tecnologias de captura e armazenamento de CO₂.

O mercado de carbono, por sua vez, funciona como uma plataforma onde emissores e compradores de créditos se encontram. Empresas que conseguem reduzir suas emissões abaixo do permitido podem comercializar esse “excedente” como crédito de carbono. Ao investir em fundos estruturados voltados a esse mercado, o investidor passa a participar indiretamente desse ciclo, lucrando com a valorização dos créditos e com os resultados dos projetos sustentáveis.
Como destaca o especialista da área Rodrigo Balassiano, essa complementaridade gera benefícios mútuos: os fundos estruturados ganham relevância por viabilizar investimentos de impacto com governança e previsibilidade, enquanto o mercado de carbono se fortalece com o aumento da liquidez e acesso a capital. Isso torna o setor ambiental mais dinâmico e acessível ao mercado financeiro tradicional.
Quais setores podem se beneficiar dessa aliança?
A aplicação de fundos estruturados e o mercado de carbono se estende por diversos setores estratégicos. O agronegócio, por exemplo, pode captar recursos para financiar práticas de baixo carbono, como integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) ou manejo sustentável de solo. Esses projetos geram créditos valiosos e ainda contribuem para a resiliência climática das propriedades.
Outro setor beneficiado, segundo Rodrigo Balassiano, é o de energia renovável. Usinas solares, eólicas e de biomassa, ao reduzirem emissões em comparação às fontes fósseis, geram créditos de carbono com alto potencial de negociação. Fundos estruturados oferecem o instrumento ideal para captar os recursos necessários à expansão desses empreendimentos, promovendo energia limpa com retorno financeiro.
Quais são os desafios e cuidados para investir nesse segmento?
Apesar do potencial de fundos estruturados e o mercado de carbono, é fundamental atentar-se aos desafios regulatórios e operacionais do setor. A verificação e certificação de créditos de carbono exigem padrões internacionais rigorosos e auditorias independentes. Portanto, a governança dos fundos precisa ser sólida, com due diligence criterioso e seleção de projetos confiáveis.
Outro ponto crítico é a transparência. Investidores devem ter acesso a informações claras sobre os ativos ambientais, o estágio dos projetos e os riscos envolvidos. A precificação dos créditos de carbono, por exemplo, pode variar bastante conforme o tipo de projeto, localização geográfica e demanda de mercado — o que exige análise técnica especializada.
Por fim, como frisa Rodrigo Balassiano, o alinhamento entre rentabilidade e impacto socioambiental precisa ser equilibrado. Bons fundos estruturados buscam conciliar retorno financeiro com métricas reais de mitigação climática. Para isso, é importante contar com gestoras que tenham experiência tanto no mercado financeiro quanto no setor ambiental, garantindo uma abordagem integrada e eficaz.
Autor: Romanov Brown