Conforme destaca o fundador Aldo Vendramin, o Freio de Ouro é mais do que uma competição de cavalos crioulos: trata-se de um verdadeiro espetáculo cultural que une esporte, música e tradição em pista, consolidando-se como um dos maiores eventos do calendário rural sul-americano. A prova, realizada anualmente, não apenas seleciona os melhores animais e cavaleiros, mas também reforça a identidade cultural do Rio Grande do Sul e da região do Cone Sul. Ao reunir elementos que ultrapassam a esfera esportiva, o Freio de Ouro se transforma em um momento de celebração coletiva, valorizando a tradição gaúcha e a paixão pelo cavalo crioulo.
Mergulhe nesse universo onde tradição e emoção se encontram e descubra por que o Freio de Ouro é muito mais do que uma competição equestre.

Como o Freio de Ouro se consolidou como espetáculo cultural?
Segundo Aldo Vendramin, o Freio de Ouro surgiu em 1982 como uma prova destinada a avaliar as aptidões do cavalo crioulo em diferentes tarefas do campo. Com o tempo, foi ganhando força e transformou-se em um grande evento, reconhecido internacionalmente. O que antes era apenas uma competição técnica, hoje se tornou um espetáculo cultural, no qual milhares de pessoas se reúnem para prestigiar tanto a performance dos animais quanto o ambiente festivo que cerca o evento.
Além das provas, que envolvem desde movimentos de adestramento até simulações de atividades pecuárias, o Freio de Ouro carrega consigo um conjunto de símbolos culturais que representam a tradição gaúcha. A indumentária dos ginetes, a música típica e a organização de atividades paralelas reforçam essa identidade. Assim, o evento passou a ocupar um espaço que vai muito além do julgamento de cavalos, projetando-se como patrimônio cultural.
Outro fator determinante para essa consolidação é o caráter comunitário do evento. Famílias inteiras participam, seja como competidores, organizadores ou público, criando um ambiente de integração entre gerações. Isso fortalece a transmissão de valores culturais e reforça o vínculo das novas gerações com a tradição, fazendo do Freio de Ouro um marco de pertencimento social e cultural.
De que forma o esporte e a música se unem no Freio de Ouro?
A música ocupa papel central no espetáculo do Freio de Ouro, servindo como elemento que conecta esporte e cultura. Durante as provas, o som do violão, da gaita e das canções tradicionais cria uma atmosfera única que valoriza a identidade regional. Não se trata apenas de trilha sonora, mas de um recurso que intensifica a emoção das disputas e a conexão entre público, cavaleiro e cavalo.
No aspecto esportivo, a música reforça o sentido de celebração. Ela acompanha as apresentações, marca ritmos e oferece ao público uma experiência sensorial que vai além da técnica. De acordo com o fundador Aldo Vendramin, essa fusão transforma o evento em um espetáculo no qual o cavalo crioulo não é apenas avaliado por sua performance, mas inserido em um contexto maior de tradição.
Por que tradição e identidade gaúcha são tão presentes no Freio de Ouro?
A tradição está no centro do Freio de Ouro porque o cavalo crioulo é um símbolo da história e da cultura gaúcha. Desde o período colonial, esses animais desempenharam papel fundamental no trabalho do campo, na lida com o gado e até nas batalhas históricas da região. Preservar o cavalo crioulo, por meio de competições como essa, é também preservar a memória coletiva do povo gaúcho.
Durante o evento, a identidade gaúcha se expressa em detalhes como a vestimenta dos participantes, a culinária típica oferecida ao público e a música que acompanha cada momento. Como elucida Aldo Vendramin, esse conjunto de elementos reforça o sentimento de pertencimento cultural, criando uma atmosfera de orgulho regional que atrai não apenas criadores e ginetes, mas também turistas e admiradores da cultura local.
Por fim, outro aspecto relevante é que a tradição não é estática, mas se renova a cada edição do Freio de Ouro. Novas gerações de cavaleiros, músicos e espectadores se envolvem no evento, adaptando-o aos tempos atuais sem perder sua essência. Essa renovação constante garante que a identidade gaúcha permaneça viva e fortalecida, ao mesmo tempo em que se abre ao reconhecimento nacional e internacional.
Autor: Romanov Brown